Por: Diego Amorim é Publicitário, Acadêmico de Engenharia Civil e filho de Leverger com orgulho
A Política que queremos, não é a que temos.
Nunca torci tanto para estar enganado como estou neste momento, amigo leitor. Determinado assunto frequentemente me convida à atenção nos últimos dias, e diante destas premissas compartilho tais indagações. Partindo do pressuposto que toda, e qualquer sociedade organizada, das mais simples às mais complexas, não se pode falar de Município se não consegue dar uma resposta clara à pergunta: “Quem governa?” Tal não existe sem um princípio ordenador, sem um projeto unificador.
O movimento desse conjunto de partes deveria ser originado por um centro propulsor, o órgão decisório. Ou seja, o Executivo deveria governar dar rumo, régua e compasso, e o Legislativo cumprir com o seu papel representativo. Porém, com a falta deste centro unificador, o sistema vai se desmantelando, como um relógio desmontado ou um corpo desmembrado. As várias partes do todo não conseguem mais funcionar como um conjunto. Nesse sentido, paralisado pelo pragmatismo, há alternativas? Disso decorre uma enorme perda de energia, para obter resultados mínimos, por vezes ridículos, que deixam todos descontentes e provocam imediatamente novas questões, as quais tornam a convivência ainda mais desordenada e mais obstruída a comunicação entre governantes e governados. E se a carapuça serviu, então.
Existem várias máximas na política de nossa querida e abandonada ‘‘LEVERGER’’, cada qual, mais esdrúxula do que a outra, porém, infelizmente, verdadeiras. Em outras palavras, o Município tem de ser obrigado a rever a sua forma de intervenção e participação social. Há ainda como negar a existência de uma crise? Não se engane! Políticas públicas ineficientes restringem o avanço, impedindo o alcance eficaz de seu objetivo principal, que é tornar a sociedade mais justa. Ninguém precisa de esmola, de sorriso na cara dos políticos. Onde estão as ações coordenadas que visam tão somente o interesse geral? Só será possível o desenvolvimento na esfera municipal com ‘‘PLANEJAMENTO’’, por isso existe o Plano Plurianual que elabora um diagnóstico da cidade, aponta as necessidades, destaca as potencialidades, traça caminhos e persegue os objetivos. Precisamos de um plano político, não de políticos que subvertem esse plano.
Caros filhos e amigos de Leverger. Nossa amada cidade tem a marca histórico-estrutural da desigualdade social, má distribuição de renda e dos benefícios sociais pífios, a realidade está para quem quer ver. Eu e você vivemos em um regime Democrático, este conceito traz valores de liberdade e igualdade essenciais para que exista uma identidade social, usufrua daquilo que foi dado por direito a você, não se torne um instrumento de opressão contra as vozes discordantes. Numa autêntica democracia, as minorias vêem suas prerrogativas respeitadas, não é uma ditadura da maioria. Estou cansado de falácias e oratórias inflamadas. Quero crer que existem políticos sérios que entendem que o seu único e exclusivo dever é representar o povo, e não os seus próprios interesses. Será ingenuidade minha?
Diego Amorim é Publicitário, Acadêmico de Engenharia Civil e filho de Leverger com orgulho.
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